segunda-feira, 28 de março de 2016

RESTAURAR-SE.



                      Como sabemos, perante o ciclo do outono as árvores naturalmente perdem todas as suas folhagens, em um processo de mudança no qual suas folhas amarelam, vão caindo pouco a pouco, deixando os galhos aparentemente desprotegidos, e as árvores com o aspecto de secas parecem que não mais voltarão a vestir o verde da relva e reflorescer. Essa passagem não é diferente do que ocorre com a gente, pois tantas vezes nos pegamos em uma fase desfavorável, onde inevitavelmente vamos perdendo coisas, conquistas, pessoas, vamos perdendo o nosso brilho, a nossa vivacidade diante dos dias, perdendo as cores do nosso astral, as folhas de nossa resistência, as flores de nossa motivação, como se estivéssemos morrendo aos poucos, sem esperança de renovação e sem expectativas de recomeço. Mas, embora as árvores mediante um determinado período percam todas as suas conquistas e extensões externas, como suas folhas, caules e flores, elas nunca perdem o mais importante de si, a "raiz", o fator interno sob a terra, que lhes manterão em pé, e alimentadas do que lhes for mais necessário para sobreviver. E quanto a nós? Quantas vezes nos sentimos assim "desfolhados", nos sentenciando a um futuro infértil, nos posicionando como árvores secas ou mortas? E é justamente perante essas circunstâncias que jamais poderemos perder o nosso mais importante "alimento regenerativo", nossa "Fé", essa força transformadora, raiz interna que nos mantém erguidos mesmo quando o mundo nos enxerga caindo. É tão somente a nossa "fé" que nos segura diante das fases difíceis, das perdas, dos fracassos e das aflições, porque é ela que nos leva até Deus, para que possamos nos fortalecer e compreender que "mudanças" e "perdas" muitas vezes são necessárias, e que tudo passa, tudo se refaz, tudo se transforma e se restitui, portanto, renovar-se é preciso.

A palavra para hoje é REFLORESCER.


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