Por vivermos numa corrida frenética com tantas ocupações e responsabilidades, acabamos esquecendo um pouco de nós, de quem somos e o que nos trouxe até aqui. Tantas vezes nos pegamos olhando para trás e sentindo falta de coisas que antes fazíamos. Sentimos saudades de pessoas que costumávamos ter mais próximas da gente, com as quais conversávamos mais, com quem partilhávamos mais sobre a nossa vida. Às vezes sentimos falta dos pequenos detalhes, que faziam a grande diferença, e tornavam os momentos ou as situações muito mais compensadoras e interessantes. Sentimos saudades de partes de quem fomos, e que por algum motivo não estão mais fazendo parte do nosso hoje. De repente surge um vazio, um enorme espaço interior, querendo mais que um preenchimento de memorias, de lembranças e de nostalgias. É um desejo de coisas antigas, vividas no passado, de pessoas queridas, que continuam presentes e vivas na saudade do nosso agora, no entanto nos encontramos distanciados de tudo. E essa nostálgica falta de nós, é muitas vezes um alerta para que possamos puxar a alavanca do freio de nosso tempestuoso cotidiano, e podermos nos reencontrarmos conosco, com pessoas que estão ausentes, distantes, e com coisas que nos fortalece e nos alegra diariamente, mas que não lhes damos o valor merecido, ou sequer paramos para observar como simples coisas, pequenos detalhes, são tão gratificantes e positivos, como se fosse um agrado diário de Deus para com a gente. Somos completos quando estamos conectados com nossa própria história e com tudo aquilo que nos cerca.
A palavra para hoje é VALORIZAÇÃO.
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